Transparência
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Transplantes

Nossa unidade de transplantes

A Unidade de Transplantes do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) conta com uma equipe de Enfermagem especializada no processo de doação e transplantes.

Parte da equipe é responsável pelo processo de avaliação dos receptores para transplante, gerenciamento de lista de espera e garantia efetiva do acompanhamento pós transplante.

Enquanto outra parte da equipe é responsável pelo gerenciamento das ofertas de órgãos, captação de fígado e rim e compõem a Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).

Além disso, conta com uma equipe multiprofissional especializada pelo processo de transplantes, composta por psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e dentista.

Histórico de Realizações

Os transplantes de coração iniciaram em 2007 e de lá para cá o ICTDF é um dos cinco hospitais do País a chegar ao marco de 300 transplantes cardíacos realizados – atualmente são 327 corações transplantados.

Além disso, o Instituto de Cardiologia e Transplantes é pioneiro na captação de órgãos em outros Estados. Em 2010, iniciou um projeto de captação à distância, ampliando, assim, a oferta de órgãos e, consequentemente, a oportunidade de aumentar o número de cirurgias e a salvar mais vidas.

O ICTDF é o único credenciado pela rede pública para fazer transplante de medula óssea autólogo (próprias células-tronco do paciente são removidas e utilizadas novamente após quimio e radioterapia) e alogênico (células vem de um doador externo). Também, temos exclusividade no atendimento de pacientes pediátricos e adultos para transplantes cardíacos pelo Sistema Único de Saúde.

Na área das doenças hepáticas, com atendimentos realizados desde 2012, foram 617 transplantes de fígado. Nos segmentos de rins, medula óssea e córneas, que iniciaram em 2013, são 327, 530 e 238 transplantes, respectivamente.

Ademais, em 2009, o ICTDF realizou o primeiro transplante pediátrico e, de lá para cá, já são 56 cirurgias feitas entre crianças e adolescentes.

Atualmente, o Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF soma 2.030 transplantes.

Como funciona a Doação de Órgãos

Há dois tipos de transplante: intervivos, menos comum, possível apenas para alguns órgãos, como o rim e tecidos como a medula óssea; e o transplante de doador falecido. Neste segundo caso, o transplante de órgãos somente é considerado quando o doador recebe diagnóstico de morte encefálica, o órgão-alvo da doação mantém-se em funcionamento, o consentimento dos familiares é obtido e, conta-se com o consentimento expresso do receptor.

Tal sistemática foi estabelecida com a publicação da Lei no 9.434/97, posteriormente alterada pelo Decreto no 9.175/2017, o que permitiu a implantação do sistema centralizado de captação e distribuição de órgãos no país. No âmbito do SUS, as informações sobre transplantes de órgãos e tecidos são gerenciadas pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Uma vez constatada a necessidade do transplante, o candidato é inscrito em uma fila de espera única e exclusiva para cada órgão. A principal particularidade dessas listas reside nas especificações de alocação de prioridade dos pacientes, considerando-se não apenas a ordem de ingresso como, também, critérios fundamentados relativos a condições médicas, principalmente relacionadas à compatibilidade e gravidade da doença.

A opção pelo transplante como modalidade terapêutica constitui um tratamento em si, seguro e eficaz, dada a otimização do procedimento cirúrgico, seu acesso gratuito, o advento de medicamentos imunossupressores e a ampliação do entendimento dos mecanismos de rejeição e compatibilidade. Porém, transplante não significa cura do problema de saúde: o receptor permanecerá, por toda a vida, sob os devidos cuidados pós-transplante.

Doação de Órgãos

Transplante Renal

O transplante renal é atualmente a melhor forma de tratamento para o paciente com insuficiência renal crônica, tanto do ponto de vista médico, quanto social ou econômico. Ele está indicado quando houver insuficiência renal crônica em fase terminal, estando o doente em diálise ou mesmo em fase pré-dialítica.

As principais causas de insuficiência renal crônica são diabetes e hipertensão arterial, entre outras.

Transplante Hepático

A cirrose hepática – dano irreversível das células hepáticas – é a condição mais frequente que leva ao transplante hepático em adultos e crianças. A cirrose ocorre quando a anatomia normal do fígado é substituída por tecido de cicatrização, o que deteriora a função hepática.

As condições que levam à cirrose e a consequente necessidade de transplante de fígado incluem:

  • Cirrose por hepatite crônica por vírus B ou C.
  • Doenças que comprometem as vias biliares, incluindo a atresia de vias biliares na infância.
  • Doença hepática alcoólica.
  • Hepatite autoimune.
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica.
  • Doenças metabólicas na infância.
  • Tumores hepáticos primários.

Lista de espera

O paciente candidato ao transplante de fígado é colocado em uma lista única de espera estadual para transplante, de acordo com a compatibilidade sanguínea (Sistema ABO).

Desde 2006, no Brasil, o critério de espera na lista respeita um índice baseado na gravidade da doença, conhecido como MELD (Model for End-Stage Liver Disease). Esse índice corresponde a um valor numérico que varia de 6 a 40, e demonstra quão urgente o paciente necessita do transplante. Os pacientes mais graves apresentam MELD mais elevados e serão priorizados.

Semelhante ao MELD, crianças e adolescentes candidatos ao transplante (menos de 18 anos) são listados respeitando o sistema PELD (Pediatric End-Stage Liver Disease).

Os casos urgentes (hepatite fulminante) têm prioridade absoluta na lista de espera do transplante. A sobrevida desses pacientes é muito curta e devem ser operados com urgência.

Transplante de Coração

O Programa de transplante cardíaco realizou seu 324º transplante cardíaco. O que o torna um dos principais Centros de Transplante Cardíaco do País.

No ano de 2014, o Programa de Transplante Cardíaco incorporou ao seu arsenal terapêutico, a os dispositivos de assistência ventricular, os quais possibilitam que pacientes com insuficiência cardíaca grave sejam mantidos vivos enquanto aguardam a realização do transplante. Desde então já foram implantados mais de 30 dispositivos de assistência ventricular já foram implantados em pacientes. Poucos centros do País possuem esta tecnologia que é determinante para sobrevivência de pacientes com falência cardíaca grave.

O Transplante cardíaco está indicado a pacientes com doenças do miocárdio em estágio final causadas, na maioria das vezes, por doença de Chagas, infartos ou problemas congênitos.

Transplante de Medula Óssea

Medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, onde são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas e consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. O transplante pode ser autólogo, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.

Este tipo de tratamento é proposto em casos de doenças no sangue como a anemia aplástica grave (que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea); mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias (tipo de câncer que compromete os leucócitos, afetando sua função e velocidade de crescimento). Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais, como a leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda. No mieloma múltiplo e linfomas, o transplante também pode ser indicado.

Para receber o transplante, o paciente é submetido a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula. Então, ele recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Uma vez na corrente sanguínea, as células da nova medula circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.

Transplante de Córnea

O transplante de córnea consiste na substituição da córnea doente pela córnea saudável de um doador. A córnea corresponde a uma superfície transparente em forma de cúpula. Essa membrana é responsável pela maior parte do poder de focagem, se tornando essencial para uma boa visão.

Indicações:

  • Ceratocone, doença congênita que se caracteriza pelo afinamento e encurvamento progressivos da córnea, assumindo um formato de cone e levando à baixa progressiva da visão;
  • Edemas da córnea causados por doenças congênitas e complicações após cirurgias intraoculares;
  • Traumatismos oculares: causados principalmente por acidentes de trabalho;
  • Doenças metabólicas ou degenerações de origem desconhecida.
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