O gerente-geral de Assistência e coordenador da equipe de transplante de fígado do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), André Watanabe, participou, na manhã desta sexta-feira, 19, do programa É Só Subindo, apresentado por Henrique Chaves na Rádio Sucesso FM.
Durante a entrevista, o médico apresentou os números de transplantes já realizados pelo ICTDF, que somam 2.858 procedimentos em 16 anos de atuação. Ele também destacou dados nacionais, explicou os principais motivos que levam à recusa na doação de órgãos e reforçou a necessidade de ampliar o debate sobre esse gesto solidário que transforma vidas.
Segundo André Watanabe, falar sobre doação é fundamental para quebrar tabus e esclarecer dúvidas.
“Muitas recusas acontecem por falta de informação ou por insegurança em um momento de dor. Nosso papel é mostrar que cada sim representa uma chance real de vida para quem aguarda na fila de transplante”, explicou.
O interventor do ICTDF, Marcus Costa, destacou a relevância da presença da instituição em espaços de diálogo com a comunidade.
“Quanto mais informamos, mais conseguimos sensibilizar a sociedade. A doação de órgãos é um ato de responsabilidade e esperança, capaz de transformar famílias inteiras. Por isso, precisamos falar sobre o tema de forma clara e frenquente”, afirmou.
Além da entrevista, ao longo deste mês o ICTDF realizou diversas ações com os colaboradores para conscientizar sobre a doação de órgãos. Para fechar as atividades em grande estilo, a instituição ainda promoverá, no dia 25, o evento “Celebrando a Vida”, uma edição especial de ação de graças pelas conquistas alcançadas e em homenagem aos pacientes pediátricos transplantados, próximo ao Dia Mundial de Incentivo à Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.
Doação de órgãos no Brasil
• Um doador pode salvar até 9 vidas.
• Atualmente, mais de 66 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
• O coração, os pulmões, o fígado, os rins, o pâncreas e o intestino podem ser doados, além de tecidos como córneas, ossos e pele.
• Para que a doação aconteça, é essencial que a família autorize. Por isso, manifestar em vida o desejo de ser doador é fundamental.
• As principais causas de recusa familiar são: desconhecimento da vontade do falecido, insegurança sobre o diagnóstico de morte encefálica e falta de informação sobre o processo.
• O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo, financiado integralmente pelo SUS.