Transparência
A desmistificação das doações de órgãos no Brasil

A desmistificação das doações de órgãos no Brasil

Um dos assuntos mais difíceis que tem na hora da morte é decidir se vai haver ou não uma doação. Praticar doação de órgãos pode salvar muitas vidas que estão na fila à espera de um transplante. No Brasil ainda existe pouca adesão de doadores, muitos não sabem como funciona o processo.

Doar Órgãos é mais que um ato de amor, é solidariedade ao próximo, é uma vida sendo salva por outra, é contribuir com a sociedade mesmo depois da morte. Caso tenha o desejo de se tornar um doador de órgão converse com seus familiares, avise seu interesse em salvar outras vidas, e muito importante que todos conheçam do seu desejo.

No Brasil, a legislação estipula que “a retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau.” (Art. 4o - LEI Nº 9.434/1997).

Em meio ao sofrimento da perda de um ente querido, nem sempre pode ser simples tomar esta decisão, principalmente se quem partiu não deixou nenhuma recomendação neste sentido.

 Para existir uma conscientização da população deve se começar qual a maneira que este procedimento acontece e qual as suas regras dentro do país.

Doações por meio de doadores que tiveram morte encefálica acontecem quando existe uma parada total das atividades cerebrais, sendo um quadro irreversível. O diagnóstico e feito pelos médicos, os responsáveis são avisados, para então ser feito a autorização de doação.

A doação pode ser uma opção para a família, para salvar outras vidas. "Quando a família registra a morte encefálica, eles podem optar pela doação, então escolhem beneficiar outras pessoas. Com a doação neste caso trás uma conscientização social muito grande", completa a Enfermeira da Central de Gerenciamento de Doação em Transplante Cristiane de Paula do Instituto.

Ela geralmente ocorre depois de acidentes vasculares (AVC) e traumatismos cranianos. O cérebro não está vivo, mas o coração continua batendo, fazendo assim ficar possível para doação. “Quando diagnosticada a morte encefálica é irreversível, mesmo que o coração esteja batendo o paciente não tem mais vida”, explica a Enfermeira.

É importante decidir em vida e avisar de alguma forma a sua família. O doador passa por exames após 6 horas depois de sua morte para ter a certeza de que o óbito ocorreu. 

Um único doador salva inúmeras vidas, pois os órgãos de doação são diversos, podendo ser doado: Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

Doar órgãos, um ato de amor que salva muitas vidas.

 

Por Rafaela Mendes

Revisão - Jéssica S. Mendes

 

Mais informações para a imprensa

imprensa@icdf.org.br
Assessoria de Comunicação - ICDF
61. 3403-5496/5596

Compartilhe