ICDF bate recorde de transplantes de fígado
O DF registrou a marca de 100 transplantes de fígado em 2020, a maior parte dele, realizados no ICDF beneficiando os pacientes do Sistema Único de Saúde.
2020 foi um ano de muitos desafios, o maior deles na área da saúde com o enfrentamento a pandemia mundial do novo coronavírus. Foi necessário reinventar-se, mudar hábitos. No Instituto de cardiologia (ICDF) que já vinha enfrentando dificuldade financeira houve um impacto ainda maior. Como é sabido, os hospitais filantrópicos não possuem um fluxo de caixa robusto para uma situação específica como a pandemia do COVID-19, com isso, o aumento de preços e /ou desabastecimento de medicamentos e insumos na indústria afetou mais severamente esse os hospitais.
Mesmo com esse cenário, as equipes do programa de transplantes do ICDF seguiram atuantes e buscando soluções que permitisse continuar lutando para que os transplantes acontecessem. Foram 136 procedimentos em 2020, chegando a uma marca de 1763 transplantes realizados desde 2009. (Anexo 01 – Planilha Transplantes 2020). Para a Diretoria do ICDF, o resultado é motivo de comemoração, pois tivemos redução no total de procedimentos, principalmente se comparado ao ano anterior, porém “tivemos um resultado expressivo com muitos transplantes para um ano com tantas adversidades”.
Entre os motivos para redução no volume de transplantes está a queda de doação de órgão este ano. Como é possível confirmar já nos primeiros relatórios da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) que apresenta uma queda na taxa de doadores efetivos de 18,4 pmp (por milhão de habitantes) no primeiro trimestre para 14,6 pmp no terceiro trimestre. Esse resultado permite prever uma taxa para o ano de 2020 um pouco abaixo de 16,5 pmp, ou seja, um número em torno de 10% abaixo da taxa de 2019.
Entre os programas, o transplante hepático menos afetado do que os demais transplantes. A equipe de transplante de fígado do ICDF foi responsável por realizar 60 transplantes de fígado dos 100 realizados no DF, beneficiando assim os pacientes usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado destaca a importância do instituto para o ICDF. Vale lembrar que atualmente somente o ICDF realiza transplantes cardíacos no DF, a instituição que é também o único centro multitransplantador (realiza transplante de vários tipos de órgãos) da região centro-oeste.
Graças à doação de órgãos e ao trabalho dessas equipes do ICDF foi possível mudar a histórias de pacientes como a Dona Ivaneide Furtado Soares Gonçalves, 68 anos, aposentada que desde 2012 tratava de uma cirrose hepática. Ela conta que em 2015 a doença agravou necessitando de internação, mas seguiu realizando o tratamento até que em 2020 houve a indicação para transplante.
Sra. Ivaneide foi listada na manhã do dia 15/12 e na noite do mesmo dia recebeu a ligação que mudou sua história. Ela foi orientada a comparecer ao hospital até às 22h, pois havia uma oferta compatível. “Foi uma alegria para toda família, eu já tinha me emocionado muito em saber que estava na fila para transplante, mas pensava que demoraria a ser chamada. Nunca imaginei que em menos de 24h receberia a ligação” disse.
No sábado, dia 16/12 aposentada realizou o transplante de fígado que correu bem e seguiu internada recuperando-se. Dia 31/12 a paciente recebeu alta hospitalar para dar continuidade à recuperação em casa. Agora, dona Ivaneide não cansa de falar sobre a importância da doação de órgão. “A doação de órgãos é o gesto mais bonito, que te permite salvar uma vida. É importante saber que através de você, do sim a doação, uma pessoa vai sobreviver. Não tenho palavras para agradecer essa família, eles estarão sempre em minhas orações”, contou emocionada.
Por Anna Virgínia Souza - DRT/DF 8989
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