ICDF e você na Luta Contra as Hepatites Virais
Dia 28 de julho é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, uma data para conscientizar a população sobre o tema e incentivar a criação e consolidação de políticas públicas, como o acesso universal ao tratamento e medidas de prevenção dessas doenças.
Por isso, durante o mês, o ICDF divulgou nas redes sociais o cartaz sobre a campanha Julho Amarelo, realizou enquete com os internautas, e a partir das dúvidas conversamos com a Dra. Natália de Carvalho Trevizoli, hepatologista do programa de transplante de fígado do ICDF.
Quando pesquisamos sobre as hepatites virais descobrimos que são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É grupo de doenças infecciosas causadas por vírus que atingem o fígado, podendo evoluir em alguns casos com alterações graves. Muitas vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, enjôo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Segundo informações do Ministério da Saúde, no Brasil as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E (que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia), entre outros tipos mais raros ainda.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, muitas pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença evolua por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, podendo levar a cirrose e câncer de fígado, com possível indicação de transplante. Felizmente, também existem medicamentos antivirais que atuam para controle ou cura destas doenças.
A melhor maneira de saber se uma pessoa está ou não com hepatite viral é por meio de exames de sangue. Infelizmente ainda são doenças subdiagnosticadas. Dos 325 milhões de pessoas que convivem com hepatite viral mundialmente, mais de 290 milhões estão convivendo com o vírus B ou C e não sabem disso.
A Dra. Natália ressaltou as medidas que podemos tomar para prevenir a transmissão das hepatites virais, como: “usar preservativo em todas as relações sexuais; exigir materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e de piercings; não compartilhar instrumentos de manicure e pedicure; não usar lâminas de barbear ou de depilar de outras pessoas; não compartilhar agulhas e seringas”. Ainda sobre o tema: “Existe vacina contra a hepatite B, que idealmente deve ser universal. Não existe ainda vacina contra a Hepatite C, por isso são tão importantes as medidas de prevenção que citei”.
Assim o ICDF convida toda população a conversar com amigos e familiares sobre a campanha do Julho Amarelo e divulgar as informações de prevenção, diagnóstico e possibilidade de tratamento se necessário. Somente por meio do esclarecimento e conscientização de todos poderemos mudar essa realidade.
Veja o vídeo e acesse a entrevista completa no https://www.facebook.com/ICDF.FUC/