Transparência
ICDF realiza o primeiro transplante de medula óssea na Capital

ICDF realiza o primeiro transplante de medula óssea na Capital

Foi realizado na tarde desta quarta-feira (20) o primeiro transplante de medula óssea do Distrito Federal. O Instituto de Cardiologia do DF é o centro transplantador credenciado para realizar esse tipo de procedimento pelo Sistema Único de Saúde – SUS.

Humberto Ribeiro da Silva, 66 anos, submeteu-se a esse transplante, que é o procedimento de infusão de medula óssea, para possibilitar a produção de células sanguíneas normais.

Durante três dias (8, 9 e 10 de novembro) foi realizada a coleta da medula no ICDF, que dispõe de equipamentos específicos para a coleta do material aplicado no paciente. O processamento e armazenamento das células hematopoiéticas colhidas do próprio indivíduo foi realizado pela Fundação Hemocentro de Brasília (FHB).

O transplante autólogo, que é a modalidade de transplante de medula óssea realizada no ICDF, consiste na coleta e utilização das células tronco do próprio paciente, não necessitando assim de doação. As células recolhidas são congeladas numa temperatura abaixo de 80 graus negativos até o dia do procedimento.

Antes do transplante o paciente é submetido a uma dose altíssima de quimioterapia, etapa conhecida como condicionamento, que ocasionará na morte das células existentes no tumor, tais como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo. Após a eliminação das toxinas do procedimento quimioterápico é feita a infusão das células saudáveis no paciente, que migrarão diretamente para a medula óssea, e depois de instaladas, naturalmente ocorre repovoamento da medula saudável.  

Todo o transplante é realizado no quarto, pois não é necessária uma cirurgia ou qualquer tipo de anestesia no momento da infusão. “O paciente fica no leito e será devidamente monitorado durante a infusão”, explica Gustavo Bettarello, hematologista do ICDF.

Boletim pós cirúrgico

Posterior ao transplante, o paciente permanece por volta de quinze dias no hospital, pois ele estará com imunidade muito baixa, devido a alta dosagem de quimioterapia que recebeu anteriormente -  além de estar suscetível a muitas infecções. É possível ainda, que nesse período o paciente necessite de transfusão sanguínea (seja plaquetas ou glóbulos vermelhos), porque não houve tempo suficiente para que a medula óssea se recupere e possua células suficientes para a produção de sangue.

 

Esta é a sexta modalidade de transplante que o Instituto de Cardiologia é credenciado e inicia o procedimento. Recentemente, no ICDF, foi realizado o primeiro transplante de pulmão e, além desses, a instituição realiza ainda transplantes de coração, fígado, rim e córnea.

 

Mais informações para a imprensa:
Narla Bianca Lima

Assessoria de Imprensa do ICDF
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