Transparência
Mensagens de um coração agradecido

Mensagens de um coração agradecido

Benjamim Melo é um marceneiro, natural de Itapací-GO, que mora há muitos anos no Pará, porém,  desde 2012 vive em Brasília. O motivo da mudança? Um coração que precisava de cuidados especiais, pois já não funcionava tão bem assim. O coração do marceneiro não suportava mais os medicamentos e cirurgias, e ele precisava de um transplante, por isso buscou o Instituto para tratar-se.

Tudo começa em novembro de 2010, quando ele sofre o primeiro infarto, mas como morava numa cidade no interior do Pará, com poucos recursos na área de saúde, recebeu o atendimento, mas não houve uma investigação do seu quadro clínico. Em março de 2011 Benjamim sentiu novamente dores no peito e foi transferido para hospital de outra cidade, onde ficou internado, em UTI, por mais de 10 dias. Desta vez, o marceneiro soube que seu problema era grave e que deveria procurar um atendimento especializado.

Aqui começa peregrinação de Benjamim, que sai do Pará e volta para o estado de Goiás. Na cidade de Goiânia passou meses em tratamento, foi submetido à cateterismo, angioplastia, colocou 3 stents, balão intraórtico e mesmo assim seu coração piorava cada dia mais. Em setembro de 2012 soube que seu coração estava com apenas 22% do funcionamento e que seria necessário passar por um transplante. “Mesmo com medo me senti motivado quando soube que precisaria de um transplante. Pensava em todos os médicos que lutaram comigo ao longo desses dois anos e sabia que não poderia desistir agora", lembrou o marceneiro.

Foram muitas as dificuldades até que Benjamim conseguisse ser inserido na lista por espera para o transplante cardíaco, vários motivos como: necessidade de realizar exames complementares, seus estado clínico que possibilitasse uma cirurgia, ter residência em Brasília e um acompanhante, entre outros. Todos superados, foram 45 dias em fila ( entre idas e vindas), e Benjamim Melo estava oficialmente listados como paciente aguardando doação de coração compatível para ser transplantado.

Quando me ligaram eu estava no banho e me sentia muito fraco, mas com calma me arrumei pedi a minha esposa que me ajudasse "Queria ir bonito, de sapato e camisa buscar meu coração novo".

Em 13 de março, Benjamim foi submetido ao transplante cardíaco no ICDF. Foram vários dias recuperando-se em UTI e internação, até receber alta hospitalar para dar continuidade a seu tratamento. "Acordei na UTI, meu coração pulsava forte, como a muito tempo não sentia, e meu corpo estava quente novamente. Estava tão feliz queria muito uma caneta e papel, queria escrever tudo o que estava sentindo", afirmou.
 
Durante o período de internação o marceneiro surpreendeu a equipe, pois, passava o tempo rodeado de papeis, canetas, tesoura, cola e muito papel EVA colorido.  Escrevia cartas, ou como ele mesmo diz: "mensagens" para seus familiares, amigos e a equipe médica do ICDF.
 
Hoje quero dizer a todos pacientes que estão na fila: "O medo não faz parte da vitória é preciso superá-lo". Aos já transplantados: "É preciso se cuidar sempre, tomar todos remédios, seguir as regras... se você não faz isso está desistindo de viver e vai perder tudo que conquistou". E ainda agradeceu todo apoio que recebeu no instituto: “às equipes médicas que me atenderam no Pará, em Goiânia e aqui no ICDF gostaria de dizer a todos Nós vencemos, obrigado por não desistir de mim". 

 

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